terça-feira, 8 de junho de 2010

O regresso...

E as férias acabaram, de regresso a Londres apercebo-me de que já tinha saudades disto.
Dos planos que fiz não consegui realizar todos, mas pelo menos estive quase todos os dias junto ao mar e cheguei mesmo a molhar os pés nas águas geladas de Matosinhos. Ficaram burocracias para tratar, as filas continuam extensas nas Finanças e na Segurança Social e, com 38º de temperatura, a ultima coisa que apetece é estar fechada numa sala cheia de gente, umas vezes de pé outras sentada, esperando o número certo como se estive a jogar ao Bingo, paciência tem limites!
Mas a viagem não seria minha se alguma complicação não aparecesse. De regresso a casa, com o carro cheio e os meus gatos no banco de traz, após horas intermináveis sentados a olhar a mesma paisagem, que pouco varia de auto-estrada para auto-estrada, vimo-nos chegados a Calais mais cedo do que a hora prevista. No check-in do barco entregámos os nossos passaportes e os dos gatos, tudo bem connosco pelo menos foi o que acharam, mas os gatos... apesar de terem todas as vacinas necessárias, desparasitação em dia, microchip na hora certa e análises feitas de acordo com os requisitos Ingleses... o passaporte estava mal preenchido, afinal o papel anexo com carimbo do ministério da agricultura de Portugal não vale nada e o que importa é mesmo os carimbos do veterinário que se esqueceu de escrever nos respectivos passaportes que recebeu o dito papel que estava anexo e visivel... Os franceses não deixaram passar porque as leis inglesas são rigorosas (disseram eles)... em plena cidade assombrada, mais conhecida como Calais, sem saber falar uma palavra em Francês a não ser Bonjour e Merci... lá fomos nós às 2 da manhã procurar um veterinário que supostamente estaria aberto 24horas que confirmasse o papel que estava aos olhos de toda a gente.
Foi às 8 da manhã que tivemos exito na nossa missão, após termos perdido o barco, e estarmos mais mortos que vivos, decidimos meter-nos no comboio, que custa cerca de 300€ com 2 gatos incluidos e que demorou cerca de 30 minutos menos 1 hora que o barco... ficámos falidos mas chegámos a casa sãos e salvos, nós e os gatos!
Conclusão, se quiserem trazer o vosso animal para Inglaterra das duas uma, ou o fazem de avião, ou terão de verificar se o passaporte foi rigorosamente bem preenchido pelo vosso veterinário, não esquecendo datas e horas das vacinas e desparasitação. Com rigor ou não o certo é que em Inglaterra não pediram os passaportes dos gatos, apenas os nossos!
As minhas experiencias em França nunca foram 100% agradáveis, de França trago sempre uma "nuvem negra" quando lá passo, mas Calais é de facto uma cidade estranha!

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