quinta-feira, 21 de julho de 2011

Da última ida à "midwife"...

...resultou uma grande incerteza.
Estava tudo pensado e resolvido (pensava eu), a minha filhota iria nascer no hospital de Londres com o grupo de midwifes que me tem vindo a seguir, também em Londres. Mas nesta última consulta e com o andamento da carruagem, é inevitável começar a pensar no dia D, como vai ser, quanto tempo terei desde as primeiras contracções, etc,etc,etc... Saí da consulta com a certeza que, pelo menos esperaria pelo scan (ecografia) já marcado para Setembro no hospital de Londres e depois, seguindo os conselhos da midwife, mudaria para mais perto de casa.
Isto tudo porque até há pouco tempo atrás o serviço público de saúde só tinha obrigação de oferecer às grávidas em situação normal dois scans. Contudo, o Hospital que me tem acompanhado decidiu (julgo que por estar a levar a cabo estudos e pesquisas internacionais) oferecer um terceiro scan às 30 semanas. Claro que esta surpresa me deixo contente e entusiasmada. É tão bom vê-la dentro da barriga e saber que está tudo a correr bem. Os dias que se seguem são sempre de relax e certezas.
Porém, dou por mim cada dia mais cansada e com dificuldade de encarar viagens de transportes publicos. O metro faz-me imensa confusão neste meu estado de quase "lontrice". É um formigueiro constante sentindo-me mais pequena que uma formiga, sempre sujeita a encontrões. Os ingleses são muito corteses mas se estivermos abaixo da linha do olhar deles (que para mim é uma constante) simplesmente passamos a seres invisiveis que só saiem da obscuridade depois de serem passados por cima para o "Sorry" da praxe - "Oh meu amigo, na minha terra diz-se que as desculpas não se pedem, evitam-se".
Posto isto e a canseira que é viajar uma hora (minimo), mesmo que de carro, para ir às constantes consultas com midwifes e obstetras, começo a ver como inevitável a mudança de centro de saúde e, consecutivamente, hospital para muito breve, abdicando, com muita muita muita pena minha, do terceiro scan que o hospital das redondezas dificilmente irá oferecer.
Resumindo, seguem-se algumas investidas ao centro de saúde já seleccionado para conhecer instalações, método de trabalho, médicos, etc. Possivel inscrição, novos exames ao sangue, novas midwifes e posterior reconhecimento do hospital e secção de partos.
Assim é a vida de uma grávida, que muda para a provincia a meio da gravidez, em tenhas de sua majestada!

Sem comentários:

Enviar um comentário