quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Moinho

Ontem o D. fez anos, não, não venho aqui dar-lhe os parabéns porque além de chegar tarde não seria próprio, já lhos dei ontem vezes que chegasse. Fez 35 aninhos mas continua a parecer um xavalo, para a semana é a minha vez de atingir o patamar!
Mas dizia eu... ontem fomos então largar umas quantas libras para comemorar este acontecimento único, os 35 anos do D.
Decidimos, mais ele que eu, comer à portuguesa, prato cheio, comida bem condimentada, vinho à maneira (para quem gosta) e um café como deve ser. Nada de coisas rápidas sem gosto e café em chávenas de meio litro.
A escolha foi "O Moinho", chegámos cedo mas já havia gente a trincar, restaurante Português, clientela de todas as nacionalidades.
Foi cerca de hora e meia a pensar que estava em casa, numa qualquer zona turística, dado a afluência de estrangeiros, mas em casa.
O bacalhau com natas estava no ponto e ainda sobrou, o néctar fez lembrar o que é um bom sumo, a garrafa de vinho ficou vazia, a broa de milho fez esquecer o pão de forma do dia a dia e o café... mesmo não sendo uma boa marca, das muitas que conhecemos em Portugal, soube como se fosse "Delta Diamante", barriga para a sobremesa já não houve, afinal comemos de prato cheio, mas opções de escolha não faltavam e o pudim caseiro deixou água na boca... um dia... quem sabe...
No fim chegou a conta... demos 35libras e ainda tivemos direito a troco, afinal sempre vai dar para repetir mais vezes!

Sol em Setembro!

O sol e as temperaturas que se têm feito sentir em Londres nos últimos dias não são normais para esta época, todos o dizem mas ninguém o lamenta nem questiona, apenas aproveita!
E é o que eu tenho feito, isto porque hoje até já está uma manhã de cara feia e antes que me arrependesse há mesmo é que deixar tudo em stand by e sair para a rua enquanto há sol!

Assim o fim-de-semana não podia correr melhor, fartei-me de passear, de Richmond Park a Hide Park, de Regent's Park a Regent Street, perfect!
No domingo que passou havia festa em Regent Street, a rua foi fechada ao transito e a estrada encheu-se de comes e bebes, pequenos palcos, carroceis e muita gente!Como nesse mesmo dia tinhamos decidido comprar a prenda de anos do D. não conseguimos achar rua melhor para o fazer. Assim, no meio de muita animação, fomos visitando loja sim, loja sim e... missão cumprida, prenda comprada!

Não posso deixar de fazer uma ressalva a uma loja, a Desigual. A Desigual existe em Portugal, no entanto nunca lá tinha entrado, talvez por se situar sempre dentro de centros comerciais o que lhe dá um carácter "IGUAL" tornando-a mais uma entre todas as outras, mesmo com a roupa pendurada no tecto, nunca me convidou para entrar. Mas aqui, em Regent Street, a Desigual convenceu-me a entrar. Entrei e fiquei fascinada com a roupa. Cada peça parece contar uma história e só apetece levar meia dúzia, porque dificilmente se consegue decidir apenas por uma, e porque não? até se levaria... não fosse a etiqueta pesar tanto na minha carteira. Mas é bonito só de olhar e por isso vale a pena entrar, com a enorme vantagem da decoração da loja estar totalmente integrada no estilo da roupa o que torna tudo ainda mais DESIGUAL!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Hortências

Como não posso ter um canteiro delas no meu jardim, pelo menos umas quantas num jarra!
É hoje que compro uma Hortênsia!

Estou apaixonada...

Ontem deixei-me apaixonar.
O tempo aqui em Inglaterra tem me surpreendido, talvez para não me assustar e espantar como a uma ave migratório, o tempo tem se mantido seco, solarengo e com uma temperatura perfeita para passear. Por isso não resistimos e fomos ao parque de Richmond, já lá tínhamos passado de carro e prometido voltar e dar uma volta de bicicleta, ontem, com um dia magnifico foi o que fizemos.
Em Inglaterra a natureza é mãe e Londres, embora cidade cosmopolita, não é excepção.
Depois de pedalar entre árvores, arbustos e planícies de mato rasteiro, nunca vi tanto "bambi" junto e tão perto de mim!Mas saindo do parque e passeando pela localidade em si, a beleza permanece, por breves momentos senti-me numa qualquer aldeia Alentejana por entre ruas estreitas e lojas mimosas repletas de carinho e encanto, mas nunca esquecendo os caprichos britânicos que caracterizam cada canto deste país, as flores em todos os cantos e recantos, as pessoas descalças deitadas na relva de qualquer jardim e as, sempre presentes, lojas de sandes.
Estar em Richmond é esquecer por momentos que estamos numa grande cidade que é Londres, e seria de facto um sonho morar aqui. Mas infelizmente a distância ao centro ainda é grande e com o transito que sempre se faz sentir torna o longo caminho penoso, quando percorrido diáriamente.
E se "caminharmos" para o centro sempre perto do rio, ainda pela margem sul, encontramos localidades como Barnes e Putney com excelente qualidade de vida, uma óptima opção para se viver e construir família, não muito longe do burburinho do centro mas calmo o suficiente para relaxar após uma semana de trabalho.
Não digo que a minha próxima morada será essa mas pode ser sem dúvida um objectivo!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quero uma....

...máquina fotográfica em condições... buáaaaaaaaaaaa... quem quiser sinta-se à vontade para me oferecer pelos anos, mais tardar no natal vá lá...

No sábado andei por Londres, vi o museu do Design, estive junto à Tower Bridge, ouvi musica no Covent Garden, e acabei o passeio em Piccadilly.
Há algo fantástico em Londres, algo que me emociona só de pensar. Como é possível haver tanta gente na rua seja às 5 da tarde como às 5 da manhã. Como é possível viver-se uma cidade a 100%, em cada esquina, em cada rua, em todo o lado há alguém, seja à hora de sair do trabalho ou depois do jantar, e até que ponto existirá a HORA de sair do trabalho ou a HORA de jantar? Aqui toda a HORA é boa HORA seja para o que for... e isso fascina-me!

No sábado só queria conseguir registar a noite, o movimento, o entardecer que nem se nota, as horas que nem se vêem passar... mas infelizmente a maquinita que tenho não dá para grandes maluqueiras, por isso apenas guardo na minha memória o quanto foi bom o sábado que passou!

3º Momento British

Se não há relva... inventa-se!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Progressos e vitórias!

Ontem tive uma tarde produtiva... Consegui abrir uma conta bancária, por acaso pensei que me fossem dificultar a vida mas até a facilitaram. Isto porque estando eu a viver em casa de amigos não tenho qualquer comprovativo de morada, não tenho emprego, moro nesta morada apenas há 3 semanas, pelo que não lhes dou qualquer garantia que amanhã vou estar aqui e quais são as minhas intenções por cá. Mas o mais interessante foi a forma como essas dúvidas desaparecem para eles (entidade bancária).
Bastou eu estar inscrita numa agência de emprego e todos os problemas se anularam, dei o nome e morada da agência, bilhete de identidade e passaporte e... voilá! Conta Aberta!

Com a conta aberta consegui o precioso comprovativo de morada que me permite, entre muitas coisas, a inscrição no centro de saúde. É verdade, um papelinho que tenha o nosso nome, morada e o logótipo de uma entidade credível vale muito para quem está a começar vida neste país!
Lá fui eu pela 3ª vez ao centro de saúde mas desta não foi em vão... dia 29 já vou ser atendida por uma enfermeira, que por acaso é portuguesa, para me fazer uma ficha já que é o meu primeiro registo por estas bandas.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

2º Momento British

Em poucas cidades (capitais) do mundo a natureza vive tão próxima do Homem como aqui em Londres.

3 semanas em Londres

Junto os papeis para me registar na ARB, uma espécie de associação dos arquitectos aqui de Inglaterra. Embora não seja necessário estar inscrita aqui para exercer a minha profissão, a menos que queira assinar projectos, será com certeza uma mais valia para mim, que quero começar do zero por estas bandas. Além do mais, é mais um comprovativo de morada, tão difícil de arranjar aqui e tão necessário!

A procura de trabalho na minha área é extremamente difícil, já em Portugal também o era, isto porque é um circuito muito fechado e nem sempre as vagas são anunciadas em locais comuns, como agências ou jornais.
Agora que tenho o CV traduzido, e estou a tratar dos documentos para a ARB, ou seja, está tudo encaminhado e pouco mais posso fazer do que enviar currículos e esperar, pondero a possibilidade de começar a fazer qualquer outra coisa, não que o dinheiro nos falte, não abunda mas também não está em falta, mas é importante para mim conseguir algo que me permita desenferrujar o meu inglês, conhecer os cantos à casa e criar uma rotina de horários.

Por isso hoje vou à luta... vou ver o que há por aí e tentar encaixar-me em qualquer coisa.
Wish me luck!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Carnaval fora de horas!

Carnaval em Notting Hill (1-9-2009)

Finalmente em Londres!

A viagem teve alguns contratempos mas tudo foi ultrapassado e hoje cá estou, finalmente com internet, finalmente num pequeno espaço com alguma privacidade... afinal é um começo e um começo é sempre dificil, tal como um fim...

Ainda não tive oportunidade de conhecer muito de Londres, andei agitadamente à procura de um espaço para viver e por agora o que encontrei e que posso pagar foi um quarto, mas é em casa de amigos por isso sinto-me quase como se estivesse em casa, entretanto com calma irei procurando algo melhor numa zona melhor (esta não me agrada nem um pouco).

Londres é de facto enorme, muita gente por todo o lado, quando pensamos estar sós aparece sempre mais alguém. É uma bonita cidade onde terei alguma dificuldade em não me perder já que não tem um traçado ortogonal como ao que estou habituada, mas felizmente nós, humanos, adaptamo-nos a tudo, tudo é uma questão de sobrevivencia.
Muitas culturas misturam-se, o governo procura agir de forma rigida por isso mesmo, há uma pluralidade racial como nunca encontrei noutras cidades por onde já passei. Não é fácil defenderem-se da anarquia senão com o rigor e exagero tipico dos Ingleses, agora entendo-os...

Estive a preencher os papeis para me registar num centro de saude e achei interessante fazerem questão de perguntar a raça, será por questões raciais ou meramente práticas e funcionais? Quero acreditar na segunda hipotese.
Sinto que esta avetura vai ser muito dificil mas vai durar a vida inteira... quero acreditar que sim!